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Os vestígios mais antigos da presença Humana em Esposende, por Sérgio Rodrigues

Os vestígios mais antigos da presença Humana em Esposende, por Sérgio Rodrigues

Os artefactos de pedra lascada, descobertos em 2021 na sequência da abertura do “Canal Intercetor de Proteção e Gestão de Riscos, Cheias e Inundações da Cidade de Esposende”, documentam a presença dos primeiros humanos na região durante o Paleolítico Inferior, há perto de 300 mil anos.

Estes achados juntam-se a outros do mesmo tipo encontrados nos anos de 1930 junto ao rio Cávado e, em 2015, aquando da construção de um pavilhão industrial num depósito marinho antigo.

Para além da importância arqueológica, os locais onde os artefactos foram descobertos revelam formações sedimentares que ajudam a reconstituir as transformações ocorridas no território no decurso dos últimos 300 a 400 mil anos.

 

Biografia:

Sérgio Monteiro-Rodrigues é professor Associado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto na área da Arqueologia pré-histórica, e investigador integrado do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória».

A sua carreira como investigador iniciou-se no princípio dos anos de 1990 com um trabalho sobre as indústrias líticas paleolíticas dos terraços fluviais do rio Caia (Alto Alentejo), que iria culminar na dissertação de mestrado, defendida na FLUP em 1996.

Após este período dedicou-se à problemática da neolitização, centrando os seus estudos na região do Alto Douro português, onde escavou o sítio pré-histórico do Prazo (Vila Nova de Foz Côa) no âmbito do seu doutoramento.

Atualmente dedica-se ao estudo do Paleolítico Inferior do Norte de Portugal, com especial incidência no Minho Litoral e no vale do rio Minho.