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Circulação monetária

A circulação monetária no Noroeste:

A circulação monetária nesta região iniciou-se no período de Augusto, com as moedas designadas de caetra, emitidas durante a guerra contra Ástures e Cântabros, provavelmente, entre 27 e 23 antes de Cristo.
Estas moedas foram progressivamente substituídas e complementadas, até meados do século I, por emissões monetárias do vale do Ebro, bem representadas em Bracara Augusta. A partir dos Flávios tornam-se dominantes as moedas cunhadas em Roma cujo fluxo cresceu significativamente no século II, sob os imperadores Antoninos.
No século III aumentou a circulação de moeda. Os ‘Antoninianos’, criados por Caracala, acabaram por converter-se na única categoria de moeda em circulação, estando bem representados em Bracara Augusta pelas emissões de Galieno e Claudio II.
Durante o século IV, a circulação monetária registou fluxos diferenciados, com um reduzido número de moedas entre 300-330, um aumento significativo entre 330-360 (com as emissões constantinianas de propaganda política), verificando-se, posteriormente a 360, um novo declínio na circulação que se manteve até finais do século, sendo a moeda mais tardia desta fase, encontrada em Braga, de Honório (393-395).
As emissões do século IV, ainda em circulação nos inícios do século V, estão bem representadas nos tesouros ocultados aquando da chegada dos Suevos à região, como é o caso do das Carvalheiras, constituído por 44.982 moedas, todas do século IV, sendo a maioria da segunda metade daquele século.
A circulação monetária em Bracara Augusta, até finais do século IV, revela-se semelhante à das cidades do noroeste hispânico, onde o aumento da moeda em circulação coincidiu com duas grandes épocas de inflação – o terceiro quartel do século III e os meados do século IV.

Embora pouco se saiba sobre a circulação monetária em épocas mais tardias, estão ainda representadas na Exposição do Museu duas moedas suevas, um ‘Rechiarius’ e um ‘Triente’, datados do século V.